sexta-feira, 18 de março de 2016

Caminhada no tempo




Por: Caio Murilo Taner
Naquele dia a rua fritava um ovo, eu subia lentamente em direção ao bar mais próximo, caminhava sem pensar no tempo, só pensava na Brahma estupidamente gelada descendo goela a baixo. Aproveitei para olhar ao meu redor, e perceber a significativa mudança de visual na simpática XV de Novembro. Parece que foi ontem que andava na porta bagagens da velha “monark” do meu avô em direção ao Sagrada. Outras vezes descia de mãos dadas com minha avó, minha mãe e meu pai para passear na praça.

Contos que fascinaram e mexeram com a minha imaginação, lendas contadas de geração para geração. Tempos longínquos que surgem na cachola e tomam forma a partir de histórias que o ouvido ouve na mesa da refeição.
Depois desta divagada estava cada vez mais próximo do balcão, então entrei no bar, sentei, e fui logo pedindo uma porção. Ah, e a tão esperada Brahma me aguardava!



O tempo não para! Só a saudade é que

 faz as coisas pararem no tempo

Mario Quintana